quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Coquetel Molotov 2008


Balanço do Coquetel parte II - Pocket-Shows

Pra começar os melhores shows ainda se concentram nos Pockets Shows na sala cine.
O show de Burro Morto, foi uma surpresa. Sabem fazer um som de qualidade.
O dos meninos (meninos mesmo!!) da Banda do Joseph Tourton, foi uma coisa bonita de se ver;
os caras super novinhos, fazendo um som bem diferente daqueles q estamos cansados de ver nas "bandas de cá". Um instrumental onde se combina guitarras pesadas e delays mirabolantes a sons eletrônicos e elementos suaves como a flauta e a escaleta, sintetizando uma verdadeira turbulência de sensações sonoras.
Garanto; de qualidade.
- Super recomendo -.
A Bandini, eu não vi. Por falta de interesse mesmo, eles fazem uma coisa meio "pós-punk", que não é minha praia. Ouvi previamente o som do moços no myspace e não foi do meu gosto ver o show dels. Ainda bem, porque disseram que não foi nada divertido...
O do Guizado, projeto musical que tem à frente Gui Mendonça, queria muuuito ver, mas não imaginei que taantas outras pessoas queriam também; ou seja, a sala lotou comigo do lado de fora. O som do Guizado não é jazz. Nem tampouco é rock ou hip hop – é, sim, uma colagem original de tudo isso e mais um pouco. Embora empurrado por um pulso quase robótico de tão eletrônico, o ritmo é sempre guiado pelo transe da ancestralidade afro. Confuso, não?
Talvez por isso seja tão bom. Antropofagia, mô véi! ;)
No segundo dia, ainda na mesma sala tivemos:
Pocilga deluxe, que queria ter visto, mas pelo horário não foi possível.
Eles fazem algo de psicopop. É música pop estranha com melodias instigantes que mistura elegância com cafajestice, inocência e a ironia... enfim. Eles tem um pouco da veia [pós?]punk.
O Zeca Viana & a Onomatopéia Bum, foi um sucesso (pra mim, ao menos). Alguns dizem que eles
fazem aquilo que diz-se estar na "moda"; tentar fazer músicas retratando sua infância, a qual provavelmente não teve. Eu não acho isso. Prefiro a definição que o próprio Zeca deu; "são músicas execessivamente carregadas de bons sentimentos que temos na infância e que perdemos quando "crescemos", são afetuosas, são despretensiosas..." E que ainda por cima flertam com a psicodelia de Syd Barrett, Arnaldo Baptista, Tom Zé, Ave Sangria...
O grupo é formado por Zeca Viana (estudante de Filosofia e integrante das bandas Volver e Asteróide B-612) e a Onomatopéia Bum (duas backing vocals engraçadíssimas, teclado, guitarra e flauta). Vale a pena conferir...
O show do Akin, não vi. Ouvi dizer que era um "tipo novo de Rap"... E como nem o novo nem o antigo me interessam, deixei de mão.
O da sueca Club 8, foi um sacrifício pra conseguir entrar. Primeiro eles, (Karolina Komstedt e Johan Angergård, os 2 integrantes) exigiram que todos ficassem sentados. já que era uma sala (de projeção) pequena sem cadeiras, piso nivelado e com o palco um pouco mais alto. Mas depois entrou-se em um acordo pra que ficássemos de pé mesmo, assim mais pessoas poderiam ver ao show. E uma coisa eu digo, gente pra ver, tinha. E muita a fila de espera era imensa (cada pessoa q saia, uma entrava). O show foi bacana, bem low-fi. Estranho o som ter sido tão bom, pq a acústica da sala não é das melhores... Um show bem parecido com o da Hello Saferide do ano passado.

Desde que conheço o Coquetel Molotov que esses Pockets Shows são os melhores do festival.
São promessas que muitas acabam dando certo.


Myspace das bandas:


Club8
Burro Morto
Zeca Viana & a Onomatopéia Bum
Pocilga Deluxe
Guizado
Bandini
A banda do Joseph Tourton
Akin

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