quinta-feira, 29 de julho de 2010

Magritte


é mais ou menos assim, Magritte...

terça-feira, 20 de julho de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

Janis blue girl

Quando li uma biografia da Janis, e saquei "qual era" dessa musica, que eu sempre escutava em casa, me identifiquei muito com essa little girl blue.
Já não me vejo assim, só as vezes, porque não sou de ferro.
Mas essa musica ainda me comove muito e sempre da vontade de reler a biografia dela.


Ma mere



Ma mere (Minha mãe)

De Christophe Honoré - 2004
Áustria/França/Espanha/Portugal





Um filme pra distrair... esse vi por acaso. Mas valeu. Bem, eu acho que sim.
Um filme perturbador... Quando acabou, eu não sabia se gostava ou odiava.
Causa de certo, alguma inquietação, polêmica e questionamentos em nossa cabeçinha.
Ainda não comecei a ler o livro Eros e Civilização, do Marcuse, mas tudo parece estar interligado. Não sei se é viagem minha, mas parece que um completa o outro, ou conversam entre si. Ainda não sei... Caso vc tenha visto o filme e lido o livro, por favor, conte-me...
Loius Garrel tá otimo nesse filme, mil vezes melhor que em The dreamers. E lindo como sempre.
Mas enfim, o filme é lindo, esteticamente falando. Umas cenas lindas...!! Mas a trilha sonora... ai aiai...que horror. Tem cenas que é melhor vc tapar os ouvidos e se deliciar so com os olhos... Mas se tem uma coisa que foi meio provocativa, foi aquela musica "happy together" (ou algo assim) no fim do filme, naquela cena. rss. Aí tem... só não sei o quê...



D'yer Mak'er

Hoje é domingo, fim de tarde de domingo. Aqui, onde estou tem uma janela com cortinas coloridas, que deixem passar a linda e melancólica luz do sol dessa hora. A luz que entra é vermelha, amarela, azul, tem matizes tais quais as da cortina. E no fim das contas, o ambiente fica denso (ainda que vez por outra o vento sopre forte fazendo com que a cortina levante e a luz pura sol adentre), com um ar pesado, misturado com fumaça, solidão e Lou Reed a cantar por horas e horas. é uma atmosfera que no fundo eu acho que procuro, sempre. Ainda que me cause uma comoção incontrolável e uma vontade de me esvair junto dessa fumaça, queimar como o efémero que se vai e não nos damos conta.
Domingos são triste... ah, como são!
Passei uma semana de "muito agito", com a cabeça muito ocupada, fazendo mil coisas (não só diversão), conhecendo lugares e pessoas novas. Tudo preencheu minha cabeça por esses últimos dias. Mas as vezes ainda acordava deprimida e levava horas para levantar, só olhando o céu daquela janela em cima de minha cama. ontem de madrugada, cheguei à minha casa. "de volta à vida real, Raissa...!".
Chego e me deparo com o vazio e o silencio da casa. A única pessoa com quem moro, minha irmã, tá viajando. Volta sei lá quando. Casa no lugar... Nenhum sinal de vida. Eu, sozinha em casa, às 1am. depois de 6 horas de voo. Não havia quem esperar. Não havia porque esperar por hoje, não deveria haver quem eu tivesse saudade. mas eu senti, e muita. é uma pena, mas não sou de ferro. Também tive uma pontinha de saudade de minha irmã nesse momento. Mas passou ao não encontrar nenhum bilhete. JOguei as mochilas na sala, peguei só meu cigarro, minha saudade e minha garrafa de água. Tudo junto na minha mão. Subi, cheguei no quarto. Nenhum sinal de vida; tudo no lugar. Música! precisava de música. Liguei o computador. "Ordem aleatória". E a primeira que toca é aquela do chico buarque cantada ferozmente pelo nada feroz, joão gilberto. Ai que medo que me deu quando escutei essa musica. Pior seria se o acaso me chegasse com Piazzolla nas mãos. Mas foi com "retrato em branco e preto" que me peguei a reconhecer-me em cada verso daquela musica. Pela milésima vez, é bem verdade. mas foi tão tenebroso...
Ai quando vi, tava pensando, rememorando, chorando, lamentando. Mudei a música, resintonizei os pensamentos e achei melhor dormir. Mas antes, tinha que salvar o dia de hoje, que de sem nenhuma perspectiva, passou para um dia legal, e no fim das contas, tá pior que eu pensava. Chamei uma amiga para vir, ela me ligou 4 da manha, bêbada dizendo q viria pra almoçar. fiquei feliz e fui dormir. Acordei feliz pra caramba (!!), fiz almoço bacana e ela não veio. No fim; nada. Tô me lamentando agora com a droga desse computador, ou com a droga desse blog, ou com sei lá quem q tá lendo isso agora. é muita carência, como diria minha irmã. mas é mesmo. Confesso.
O que eu poderia fazer além de ficar aqui rogando por uma companhia? Ir atrás de uma? Não, não consigo. Sair... ver gente (de sempre) nos lugares (de sempre)... é uma idéia, mas tenho preguiça e lembro q devo estudar para uma prova final. Aí, só de lembrar que é prova final, dá um desespero (ainda maior) e nem consigo me concentrar. No fim de tudo, sei que vou passar a droga do dia todo aqui, nesse computador, torcendo pra ele se conectar e eu ter coragem de falar algo ou de lhe responder. Vai chegar o fim da tarde, metade de tristeza vai ter ido embora junto com a cor tão adorável do crepúsculo.
Mas ai vem a noite... aí vou olhar pr'os cantos da casa e sempre encontrar algo pra me fazer lembrar. Então, acendo um cigarro, apago as luzes, deito na minha cama escutando (se tiver coragem) a Piazzolla, olhando o céu que nunca estará tão estrelado quanto lá naquele lugar, talvez chore, talvez queira sair, talvez nem me comova, talvez canse de me martirizar, talvez durma bem rápido, sem dar brecha pra deslizes, provavelmente vou ter vontade de comer uma besteira e não terei coragem de ir buscar, provavelmente sinta frio durante a noite, provavelmente procurarei onde me abrigar, não acharei devo derramar uma ou duas lágrimas, mas só porque vou estar muito à flor da pele, talvez receba uma mensagem no meio da noite... bem, essa ultima é a menos provável. Mas fazer o que?!
Esperar amanhã, e depois de amanhã e seguir buscando com que me ocupar.
boa sorte pra mim.


Alan psychedelic breakfast - Pink Floyd
que vontade de chorar... alguém me ajuda

Nego tanto, evito tanto...e no entanto,

Teimo em colecionar sonetos, retratos em branco e preto, tristes-velhos fatos, noites claras, cartas, desconsolos...

Preciso achar o caminho de volta.
(Nem parece que já conheço as pedras do caminho...)



quinta-feira, 8 de julho de 2010

raining in me

de repente a chuva me põe melancólica,
e é uma tristeza infundamentada, uma falta brutal
de não sei o quê e sobra de melancolia...
e aí as lágrimas caem junto à essa tempestade que causa tudo isso. uma a uma, em pares, uma seguinda a outra,
como quem tem medo de solidão e busca sempre um porto seguro, algo em que se segurar.
São coisas assim que sempre me deixam assim..melancólica,
sem cor, sem cheiro, sem nada.