terça-feira, 4 de novembro de 2008

Um falso-poema-egoísta


"- Deixe um poema!", disse aquela voz.
e eu pensei: deixem o poema!
Deixe ele preso em mim,
inmterior à mim, escondido em mim.
Onde só há ele.
De mim, pra mim mesma.
Deixe o poema, reprimido, restrito à mim.
que em mim ele faz a festa, me faz em festa.
Deixe minhas palavras guardadas.
Todas:
as bonitas,
as feias,
as fáceis
e as difíceis.
Permitam que sejam minhas.
Que eu às possua e elas à mim.
E sendo pois, possuidoras de mim,
elas se setem no direito de se reservarem à mim.
E me permitem apenas um falso-poema-egoísta.
falso
e
egoísta.
Poema?

además, eu nem sei fazer poema.
Não sei usar as palavras,
não sei bem como fazer
um soneto ou terceto [secretos?]que seja...
não entendo de rimas,
tampouco lembro a métrificação...
nasci poeticamente danificada.
À G/R

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