segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Le cerf volant (Sob o céu do Líbano) .


Le cerf volant - (Sob o céu do Líbano) 2003 - LIB/FRA
De Randa Chahal Sabbag


Acabei de ver esse filme. Não esperava muita coisa dele não... ainda bem, viu...
Só é "bom" em alguns aspectos (alguns tão poucos...).
Por exemplo a trilha sonora. é linda demais! tem até um piano que me lembrou o piano de yann tiersen, ou se ñ me engano pareceu mto tb, com a trilha daquele filme "Il postino (O carteiro e o poeta)", bem bonita. Tem tb algumas músicas árabes com mulheres que parecem cantar por Lamia (a mocinha do filme). Letras diretamente produzidas - ou não... afinal a realidade de lá é sempre tão igual que as histórias se repetem da mesma forma dramática de ser - dão um charminho à mais ao filme, mas é logo quebrado quando notamos que a música tá fazendo mais que o papel dela ali, ela tá sendo mais "bonita e artística" do que a própria cena do filme! é como se roubassem da cena toda a emotividade que ela deveria ter. E isso não é bacana pra mim...afinal estou vendo um filme e não um show/concerto. é preciso que a importancia seja equivalente para os dois e não um tomar o lugar do outro por falta de "competência" do outro (se é que entendem o que estou dizendo.. e haja metáfora!).

Além da trilha sonora o que eu tb gostei foi da atuação da mocinha, a Lamia. Tem um jeitinho, meigo doce e lá trás, escondidinha, uma espécie de malícia boazinha (que se faz necessário no seu mundo).Algumas cenas também foram bem engraçadas... como a da Lamia conversando com sua amiga sobre como as mulheres ficam grávidas...
e as outras cenas; todas nas quais as mulheres conversam sobre qualquer assunto (qualquer mesmo! por ex. uma mãe fala dos "dotes" do seu filho para outra) com megafones, cada uma de um lado, e todos ao redor podem ouvir. Hilário demais...

No mais o filme é muito parado... a fotografia é "Normal" demais...
E o fim foi metafórico demais! ficou na linha mais tênue que jah vi entre o "tá viva - não tá viva".
Não dá pra entender isso muito bem. Sei pode ter sido um artifício do diretor pra dar um "up" no fim do filme; mas poxa... devia ter sido mais linear.
E olhe que temos motivos o suficiente para achar que ela morreu e que ela tava viva.
Enfim... o fim foi o "pior"
Porém, na cena final que ela chega "magicamente" ao soldado, a fotografia foi linda e foi uma cena bonita de se ver (ñ só pela fotografia), ela disse coisas bonitas e se movia de uma forma quase "plumar", como se levitasse ao redor dele (aliás, esse é outro detalhe que nos faz remeter ao irreal, ao sonho, ou seja, a ela já está morta!) e ele ali como se visse uma assombração (mas isso ñ nos remete à possibilidade de ela tá morta, porque ele já tinha a moça como um "sonho" msm, algo irreal...).
É... mais ou menos...
Mais como aula de história e
Menos como cinema/arte.



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