terça-feira, 28 de abril de 2009

Quintal PE 2009



Primeira edição do Festival de música pernambucana Quintal PE.
Um festival que veio com a pretensão de exaltar ao máximo nossa música...
[ai nosso ego pernambucano...]

Teve do hip-hop ao maracatu numa noite só de maratona de mais de 12 horas de shows.

Com o clássico atraso, a Vargas entrou e mostrou seu Hip-hop politizado às poucas pessoas que já estavam por lá... Logo em seguida, o Maracatu Piaba de Ouro mostrou toda a graça, não só do nosso maracatu, mas também do coco de roda e do cavalo marinho, com suas eletrizantes e eletrizadas coreografias e trajes tão vivos em cores. Lindo aos olhos de qualquer um.. quanto mais de um pernambucano [ai nosso ego pernambucano...].

E seguindo a ordem de apresentação, a olindense Bonsucesso samba clube [banda do Rogerman - que era da Eddie] fez todo mundo balançar as cadeiras com aquele samba carregado da malemolência latino americana e especialmente, olindense. Não teve quem ficasse parado.

Até que começou a prévia do "Carnaval no inferno" [já?!] da Eddie. Talvez o show mais esperado tenha sido esse. Não perderam por esperar. Como sempre a Eddie trouxe aos palcos seu Original Olinda Style e esquentou aquele pavilhão que por incrível que pareça, estava geladísismo. Foi o clímax do quintal PE 2009, sem dúvida. Deu para notar isso em músicas como 'Baile Betinha' [música de Erasto V. que eles fizeram uma ótima versão], "é de fazer chorar" e lógico "pode me chamar que eu vou"... Foi de fazer chorar vê que esse show tinha acabado.

Mais um pequeno intervalo para recarregar o fôlego para o próximo show; um encontro de Naná Vasconcelos com DJ Dolores, um recente projeto, resultado da parceria entre os dois, chamado BLIND DATE.
Os samplers de Dolores com a batida marcante de Naná fundiram-se perfeitamente, principalmente a partir do momento que um dos percursionistas era o Lucas Prazeres da Rivotril!
E se vc é do tipo que diz que odeia música eletrônica, mas que gosta de maracatu, ou ate de uma "pegada" mais característica nossa, vale a pena scutar esse proejto deles. Não teve jeito..me rendi aos "tunts-tunts" da música eletrônica, mas com centenas de alfaias pulsando na minha mente e nos meus ouvidos. Coisa de louco essa parceria...uma hora de musica eletrônica. Foi qndo mts pensaram:
"Isso ñ vai dar certo...uma hora de música eletrônica precedendo logo um show de china e mombojó, não vai dá pé!" Eu fui a 1° a pensar isso. Errei feio. Deu certíssimo!
Tinha até adolescentes em grupos fazendo suas dancinhas malucas por lá (engraçadíssimo!), e se divertindo horrores.

E novamente China e Mombojó fizeram um show juntos... se bem que essa prática é mais comun em SP (onde eles fazem mais shows;), do que por aqui.
Primeiro, Roger de Renor apresenta Mombojó e entra China [muito louco!!!!]..mas Tudo bem, estamos em casa, não é mesmo? además o público é exatamente o mesmo. Ele começa a dançar e logo logo a gente entra no ritmo louco daquela criatura que parece funcionar na base daquelas pilhas alcalinas [sei as alcalinas dele...]. Até que o homen-alcalinado convida a Mombojó para entrar no palco e cantarem/tocarem juntos.
Duplicata...2 bateras, duas guitarras, dois baixos e por ai vai. E ainda por cima, China e Felipe S.
Vale resaltar que o Feliipe S. também estava beem louco, mas se loucura pouca é bobagem, dá-lhe! Depois, China e CIA, deixa o palco com a Mombojó. Eles deixaram tempo pro público respirar em músicas como "Duas cores " e encerraram com uma versão ainda mais hard-rock pra música 'Splash shine'.
Momento de fazer aquela roda tímida e aproveitar aquele momento "so heavy!"

E finalmente chega a hora do show de Nação zumbi. No intervalo do show anterior ao de NZ, se você olhasse para os recantos do pavilhão, ia ver um monte de gente com o aspecto visivelmente cansado. Mas foi o Roger falar NAÇÃO ZUMBI que todo mundo levantou e saiu correndo. Parecia que eles haviam combinado. Foi engraçado.
Uma prova de que pernambucano que é pernambucano adora um show de Nação, esteja cansando ou não, seja o 5° show no mês, ou não.
[ai nosso ego pernambucano...]
Nação cantou muitas músicas do novo CD, 'Fome de tudo', mas também cantou vááarias das clássicas [lógico]. Momento em que as pessoas iam ao delírio.
Mas no fim desse show, cheguei a uma conclusão; já vi show deless beeem melhores.
Vale resaltar a crítica que Jorge du peixe fez a imprensa pernambuca por não valorizar nossa música, dando exemplos de que "tal música toca nas rádios de SP e aqui nunca tocou", e outras coisas do tipo. Tava mesmo precisando. E ainda teve gente que vaiou ele! Você crê? [mexam com nosso ego pernambucano...]

E já chegando ao fim da maratona de 12 horas de show, Otto sobe ao palco, muito louco .
[Como sempre é óbvio..] e mostra algumas músicas do novo CD. Mesmo com o cara falando bastante besteira, é incrível como ele consegue prender o público e mostrar que até 'muito louco' faz um show 'responsa'. E quando canta; "ciranda de maluco aqui em Pernambuco é bom demais.." todo mundo enlouquece... [ai nosso ego pernambucano...]
O show ainda é bom, mas se o Otto não contralar um pouco, pelo menos, essas "dosagens de loucura'' dele, a coisa pode ficar feia.... Mas vai ver é essa loucura dele que dá um charme. rsss.

E realmente, por fim, a Eta Carinae, veio ao palco chamando de "resistentes" aqueles pouquíssimos que ainda estavam por lá. E bote resistentes nisso!
já passava das 3:30h e ainda tinha gente pra bater cabeça.
Sobre o show da Eta carinae, vale dizer que me surpreendi. Eu SEMPRE achei que essa banda era banda de Reggae. nun sei porque. Axu que por está sempre no Pátio de São Pedro, onde geralmente as bandas que tocam por lá são de reggae [sem ser na terça negra..].
Eles não fazem reggae, definitivamente... fazem um som meio hard com um pouco de eletrônico, salvo engano da percepção que aquela hora já estava pra lá de Marrakeshi...
Não deu pra ficar até o fim, mas teve gente que ficou.

No fim das contas, o Quintal PE foi bom. Foi realmente uma exaltação [exacerbada?] à música pernambucana.

Ai, ai ai, nosso ego pernambucano...a gente não gosta, mas o povo insiste em afirmar que PE É PE...
entã, fazer o que, honey? Aproveitar que é pernambucano, oras!

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