quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Decompondo

Letras caindo, uma a uma. Letras do início ao fim, letras.
desconcstrução de palavras
desconstrução de frases, versos, poemas
poemas inteiross
letras caindo sobre meu cabelo, sobre meus braços,sobre meu colo
letras caindo sobre minha roupa, minhas idéias.
Meus sapatos, cheios de letras, pisando em letras (!).
letras, letras, milhares delas.
são agora, apenas letras no chão.
Resultado da decomposição de frases, versos, poemas, poemas interios.
são agora, letras dispersas no chão.
Me cai letra por letra:
L, E, V, A, S, N. A, C, N, I,
para forma por uma só palavras: incansável.
incasável as letras tecen a rede de sentidos perdidos no chão.
Já estão sem acento e sem razão.
palavras essas que até chegaram no chão,
passam por meus olhos,
como que uma cortina de letras tecidas com o ar,
me caissem diante os olhos
e eu fecho os olhos para imaginar frases se compondo
nesse decomposto cenário de letras perdidas e mais nada.
Letras que me fazem fazer versos dadaístas no painel amarelo,
cor da áfrica, versos que dizem
"a terra arde"
"na água nua"
palavras dispersas;
ventar, tecer, sagacidade. sem noção.
Descontrui essa tarde, poemas vicerias sobre as mães angolanas,
destrui os mais belos versos do fernando abrantes,
destrui o sentido do composto.
Perdi o sentido das palavras alheias
e as reencontrei em meu corpo,
formadas de forma incansável letra a letra no meu corpo.

Mas inevitavelmente, tudo agora, é nada mais que letras no chão.

É isso o fim de uma exposição.

Um comentário:

Niamm disse...

:)!!!, adoro, te extranho muito!!...
mi vida se acerca cada vez más a tus... letras...