domingo, 22 de novembro de 2009

dia 20/11



O que a abolição não aboliu
Que o dia que passou, com atos ou sem atos, sirva para incentivar uma mínima reflexão e consciência negra crítica.
E que não seja apenas nesse dia que se faça pensar em tal problemática.


Fica minha profunda admiração às mulheres, em especial às mães, angolanas, que quanto mais a gente "conhece", mais a gente admira.

Fotos do Sérgio Guerra

Teço incansável

os fios do meu cesto

enquanto dedos ágeis

traçam

sem fim

os fios

do meu cabelo

assim

repetimos

sem querenem pensar

os gestos

das mãos invisíveis

que entre murmúrios

e ventos

do outro mundo

nos traçam

e tecem

a morte

e a vida

Poema de José Mena Abrantes

(Jornalista, escritor e dramaturgo angolano)

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