O que a abolição não aboliu
Que o dia que passou, com atos ou sem atos, sirva para incentivar uma mínima reflexão e consciência negra crítica.
E que não seja apenas nesse dia que se faça pensar em tal problemática.
Fica minha profunda admiração às mulheres, em especial às mães, angolanas, que quanto mais a gente "conhece", mais a gente admira.
Fotos do Sérgio Guerra
Teço incansável
os fios do meu cesto
enquanto dedos ágeis
traçam
sem fim
os fios
do meu cabelo
assim
repetimos
sem querenem pensar
os gestos
das mãos invisíveis
que entre murmúrios
e ventos
do outro mundo
nos traçam
e tecem
a morte
e a vida
Poema de José Mena Abrantes
(Jornalista, escritor e dramaturgo angolano)
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